<i>Elesa</i> tem que pagar

Aos trabalhadores da Elesa, em Lisboa, que desde 23 de Fevereiro estão em greve pelo pagamento de salários em atraso e permanecem junto ao estaleiro principal, na Azinhaga da Torrinha (Rego), juntou-se ontem o secretário-geral da CGTP-IN. Carvalho da Silva classificou como «um caso de polícia» a situação criada na empresa de reparações de redes de água, gás e esgotos.
De acordo com o Sindicato da Construção do Sul, há mais de seis meses que as remunerações deixaram de ser pagas pontualmente. A administração ameaça recorrer à insolvência e dispensou de comparecerem ao trabalho 34 dos seus 70 trabalhadores, alegando falta de obras, o que é contestado pelos operários, suportados em informações obtidas junto da EPAL, principal cliente da Elesa.
A 21 e 22 de Janeiro, uma greve obrigou a empresa a recuar na decisão discriminatória de pagar o mês de Dezembro apenas a 40 trabalhadores. No dia 23 de Fevereiro, a administração comprometeu-se a pagar Janeiro, mas não o fez. Para hoje está prevista uma reunião de representantes dos trabalhadores e da administração, no Ministério do Trabalho.

Sebra

Dos cerca de 60 trabalhadores da fábrica de Ovar da Sebra, a maior parte tem remunerações por receber desde Dezembro. Protestaram segunda-feira, junto da sede do grupo de mobiliário, em Albergaria-a-Velha, de manhã; de tarde, durante idêntico protesto na Válega (Ovar), foi chamada a GNR para forçar a saída de um camião com produto acabado.


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